Bom, o livro Menino de Engenho, está tão famoso que já chegou a sua 100a edicão, está nova edicão esta em pré-venda em algumas livrarias, vale a pena comprar uma obra dessa para ler e reler novamente ao longo dos anos, pois dizem que a cada vez que lemos novamente vimos fatos que não percebiamos antes!
http://http//www.livrariasaraiva.com.br/produto/2882001/menino-de-engenho-100-ed-2010/?ID=BD1F4DB07DA041D0E212E0958
Beijinhos Betina *--*
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Então...
Achei super justo o ficha de leitura ser feita em forma de resumo escrito por nós, pois quem realmente leu pode colocar tudo que sabia no papel, e quem não leu não consegui chutar no resumo como poderia faser se fosse em forma de "avaliacão". Bom para quem não leu ou não foi bem no ficha de leitura ainda pode ler o livro para conseguir recuperar a nota na prova!
E se voce ainda não viu o video das Meninas de Engenho fica aí a dica http://http//www.youtube.com/watch?v=uG8_aG1D6oU!
Beijinhos Betina *--*
E se voce ainda não viu o video das Meninas de Engenho fica aí a dica http://http//www.youtube.com/watch?v=uG8_aG1D6oU!
Beijinhos Betina *--*
Enfim o 'fim'
Passou... Bom, agora tem a prova, mas a ficha já se foi... Fizemos um resumo de no minimo 20 e no maximo 30 linhas... O que era meio dificil, pois não dá pra contar tudo em somente 30 linhas... Mas vamos lá, pensamento positivo, para que todas as meninas do grupo tirem uma nota boa *-* .
O que nos resta agora é torcer, e dar mais uma lidinha no livro, até quinta, que será o dia da prova. Boa sorte a todas! (:
Laís :*
O que nos resta agora é torcer, e dar mais uma lidinha no livro, até quinta, que será o dia da prova. Boa sorte a todas! (:
Laís :*
É HOJE!
É, hoje é o tão esperado grande dia, finalmente usaremos todo o nosso conhecimento sobre o livro Menino de Engenho... Realmente quem não leu terá grandes problemas, pois em resumos da internet não é contado nem metade do que se passa no livro... Então fica a dica, quem não leu o Menino de Engenho, corre pra ler o próximo livro da ficha! Agora estou indo para a escola, desejo boa sorte a todos vocês.
Beijos Laís :**
Beijos Laís :**
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Porque Ler?
Ler é essencial. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios.
Ler é estimulante. Como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e as vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos. Os livros colocam-nos em outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros colocam-nos em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros ajudam-nos a sonhar. Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros.
Então corra para a biblioteca mais perto de sua casa, vale a pena ! :)
aaah e um recadinho:
quem não leu o livro ainda deveria se preocupar um pouco, a ficha é amanhã e não da mais tempo de pegar o livro com um colega .. então fique ligado para a próxima ficha :)
Beijinhos Maria Paula
Ler é estimulante. Como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e as vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos. Os livros colocam-nos em outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros colocam-nos em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros ajudam-nos a sonhar. Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros.
Então corra para a biblioteca mais perto de sua casa, vale a pena ! :)
aaah e um recadinho:
quem não leu o livro ainda deveria se preocupar um pouco, a ficha é amanhã e não da mais tempo de pegar o livro com um colega .. então fique ligado para a próxima ficha :)
Beijinhos Maria Paula
Um pequeno resumo do livro
O livro Menino de Engenho conta a história de uma criança,Carlos,e que,aos oito anos de idade,órfão de o pai e mãe foi viver com o avô no engenho Santa Rosa,no Nordeste.É uma história muito triste,o Menino narra a sua realidade,o sofrimento e a tristeza.
Acho o livro muito interessante e triste quando ele descreve com emoção a vida dos escravos,a senzala,o sofrimento e os castigos do tronco.
Eu recomendo: Leia o MENINO DE ENGENHO é muito bom :)
beijos:* Rafaela
O livro Menino de Engenho conta a história de uma criança,Carlos,e que,aos oito anos de idade,órfão de o pai e mãe foi viver com o avô no engenho Santa Rosa,no Nordeste.É uma história muito triste,o Menino narra a sua realidade,o sofrimento e a tristeza.
Acho o livro muito interessante e triste quando ele descreve com emoção a vida dos escravos,a senzala,o sofrimento e os castigos do tronco.
Eu recomendo: Leia o MENINO DE ENGENHO é muito bom :)
beijos:* Rafaela
atenção!!!
É isso aí gente: quem não leu o livro ainda se apresse, é amanhã o grande dia da ficha!
lembrem-se também de que a nota não faz parte só da ficha de leitura de amanhã, mas também pelo nosso blog ;D
Caprichem nas respostas sobre o livro 8)
obs: perguntas sobre Menino de Engenho também irão para a prova!! \õ/
beijinhosss-Luana ♫♪
Fique Atento!
Não esqueça que amanhã é a ficha de leitura. Se você leu o livro mas faz muito tempo, pegue um resumo e leia. Isso ajuda muito a lembrar todo o contexto. Então fica aí a dica!
Beijinhos, Lígia :D
Beijinhos, Lígia :D
terça-feira, 27 de abril de 2010
aah sem duvida o melho livro :D
Ele ja começa com um acontecimento que é fundamental para
o desenrolar da história com a morte de sua mãe :(
Mais se ISSO não tivesse acontecido a história seria totalmente diferente
praticamente seria SEM GRAÇA :)
mais em fim, o livro é MUITO boom
ADOREI ^^
bjaao - GABRIELA
Ele ja começa com um acontecimento que é fundamental para
o desenrolar da história com a morte de sua mãe :(
Mais se ISSO não tivesse acontecido a história seria totalmente diferente
praticamente seria SEM GRAÇA :)
mais em fim, o livro é MUITO boom
ADOREI ^^
bjaao - GABRIELA
Dica..
segunda-feira, 26 de abril de 2010
este é um video que fizemos contando um pouco mais do livro, o que entendemos, o que ele fala, etc...
http://www.youtube.com/watch?v=uG8_aG1D6oU
Rafaela, Laís, Luana, Betina Gabriela
Jhunia, Ligia, Joana, Emylie
filmagem de: Vitória
by: Vitória!
domingo, 25 de abril de 2010
Menino de Engenho
Esta obra carregada de memorialismo constrói um retrato com todos os seus matizes da sociedade canavieira do Nordeste através dos olhos de uma criança.
O narrador-protagonista é o menino Carlos, cujo pai foi internado em um hospício após ter assassinado a esposa. Essa orfandade precoce marcou a infância de Carlinho que, apesar de ter vivido todas as alegrias e feito todas as estripulias características de um moleque, era, no fundo, uma criança melancólica, adepta dos cismares solitários a que se entregava enquanto esperava um canário cair em sua armadilha.
Levado para o engenho de seu avô aos quatro anos, logo misturou-se aos filhos dos negros que trabalhavam no Santa Rosa. O tempo da escravidão já havia passado mas, a mentalidade do povo ainda era influenciada pela prática já extinta. Depois da alforria, a maioria dos trabalhadores optou por continuar nas terras do coronel José Paulino - um senhor de engenho bom, carismático e respeitado por todos. Era a ele que os cabras recorriam em busca de proteção, de cura para as suas doenças, de solução para os seus problemas. Resquícios da escravatua resistiam, mas eram comuns para a época.
Carlos era um garoto asmático e pouco religioso, assim como todos os moradores do engenho, e a reclusão devida aos cuidados com a saúde o tornaram um tanto revoltado.
No Santa Rosa, onde o protagonista viveu, conhecemos a figura da Sinhá Totonha - arquivo ambulante das histórias folclóricas fantásticas que encantavam o menino; a tia Sinhazinha - velha rabugenta, mal-quista por todos; Maria Menina - tia de Carlos, filha mais nova de José Paulino, considerada a "princesa" do engenho; o coronel Lula - fazendeiro decadente que mandava a filha tocar piano e falar francês; a velha Generosa - cozinheira da casa-grande que fazia por merecer o nome; e tantas outras.
Entre os episódios narrados estão a morte da prima Lili, tão pequena, tão frágil; a enchente do Paraíba; a visita do cangaceiro Antônio Silvino desiludindo os sonhos do menino; as vistorias pelos sítios do canavial realizadas pelo avô; a moagem da cana e a produção do açúcar; o casamento da tia Maria; a briga entre dois cabras; o primeiro e inocente amor de criança.
E, acostumado a assistir à reprodução dos animais no curral, Carlos começou cedo sua atividade sexual; para desgosto do já adulto narrador. Ele se considera um pequeno depravado e condena as negras Luíza e Zefa Cajá por o terem iniciado neste lado "porco" de sua infância. Aos doze anos, já havia contraído doença-do-mundo (gonorréia) e seu ingresso no colégio foi agilizado. Apesar do orgulho que sentia andando com as pernas arqueadas e por já não ser tratado como criança, acreditava-se que a escola o corrigiria. É a viagem de trem, com todas as despedidas e saudades do engenho que encerra o livro.
Por: Emylie :D
O narrador-protagonista é o menino Carlos, cujo pai foi internado em um hospício após ter assassinado a esposa. Essa orfandade precoce marcou a infância de Carlinho que, apesar de ter vivido todas as alegrias e feito todas as estripulias características de um moleque, era, no fundo, uma criança melancólica, adepta dos cismares solitários a que se entregava enquanto esperava um canário cair em sua armadilha.
Levado para o engenho de seu avô aos quatro anos, logo misturou-se aos filhos dos negros que trabalhavam no Santa Rosa. O tempo da escravidão já havia passado mas, a mentalidade do povo ainda era influenciada pela prática já extinta. Depois da alforria, a maioria dos trabalhadores optou por continuar nas terras do coronel José Paulino - um senhor de engenho bom, carismático e respeitado por todos. Era a ele que os cabras recorriam em busca de proteção, de cura para as suas doenças, de solução para os seus problemas. Resquícios da escravatua resistiam, mas eram comuns para a época.
Carlos era um garoto asmático e pouco religioso, assim como todos os moradores do engenho, e a reclusão devida aos cuidados com a saúde o tornaram um tanto revoltado.
No Santa Rosa, onde o protagonista viveu, conhecemos a figura da Sinhá Totonha - arquivo ambulante das histórias folclóricas fantásticas que encantavam o menino; a tia Sinhazinha - velha rabugenta, mal-quista por todos; Maria Menina - tia de Carlos, filha mais nova de José Paulino, considerada a "princesa" do engenho; o coronel Lula - fazendeiro decadente que mandava a filha tocar piano e falar francês; a velha Generosa - cozinheira da casa-grande que fazia por merecer o nome; e tantas outras.
Entre os episódios narrados estão a morte da prima Lili, tão pequena, tão frágil; a enchente do Paraíba; a visita do cangaceiro Antônio Silvino desiludindo os sonhos do menino; as vistorias pelos sítios do canavial realizadas pelo avô; a moagem da cana e a produção do açúcar; o casamento da tia Maria; a briga entre dois cabras; o primeiro e inocente amor de criança.
E, acostumado a assistir à reprodução dos animais no curral, Carlos começou cedo sua atividade sexual; para desgosto do já adulto narrador. Ele se considera um pequeno depravado e condena as negras Luíza e Zefa Cajá por o terem iniciado neste lado "porco" de sua infância. Aos doze anos, já havia contraído doença-do-mundo (gonorréia) e seu ingresso no colégio foi agilizado. Apesar do orgulho que sentia andando com as pernas arqueadas e por já não ser tratado como criança, acreditava-se que a escola o corrigiria. É a viagem de trem, com todas as despedidas e saudades do engenho que encerra o livro.
Por: Emylie :D
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Aprofundando o conhecimento sobre o livro...
Carlinhos com apenas quatro anos acordou em uma manhã com um grande barulho em sua casa, encontrou sua mãe largada sobre o chão coberta de sangue e seu pai como um louco a chorar sobre ela. Ele tentou se aproximar da mãe morta, mas o tumulto de empregados e a chegada dos policiais que fecharam o quarto pondo todos pra fora o impediu. Um dos empregados comentou que havia visto o senhor com uma arma na mão e a senhora no chão.
O pai de Carlinhos vivia entre transtornos e a mãe dele sofria com as grandes explosões do marido. Porém logo ele, entre lágrimas, se arrependia e era perdoado. A mãe, Clarisse era doce, meiga, um anjo. Depois de tal catástrofe o pai de Carlinhos foi levado preso e em um abraço doloroso se despediu do filho. Após alguns dias ele foi levado para a fazenda do avô.
Assim que chegou à fazenda da qual sua mãe já havia falado inúmeras vezes descrevendo-a como um paraíso, mas nunca tinham ido devido a díficil relação entre o seu avô e seu pai, foi recebido alegremente. Todos queriam ver o menino de Clarisse. Tia Maria, a irmã mais nova de sua mãe tomou lhe como um filho.
Na fazenda de Santa Rosa conheceu o engenho, as plantações de cana, a maquinaria toda do lugar que o encantou. Fez amizades com os primos e passava o dia pela fazenda brincando na lama, fazendo travessuras e nadando no rio. Juntos, eles odiavam a Sinhazinha que levava a chave da despensa e guardava todas as frutas e doces, vendo muitos perdedrem.
Carlinhos fez-se amigo de Lili uma prima sua, a menina era loirinha de olhos azuis e uma brancura sem igual. Era doente. Ele e Lili tornaram-se amigos e ele prefiria ficar com ela do que com os primos em travessuras. Um dia a menina amanheceu vomitando negro, chamou Carlinhos. Entretando logo o tiraram do quarto. Lili morreu.
Ele e os primos se alegravam com as idas à outros engenhos, e com as visitas. O avô muitas vezes o levava junto a caminhadas pela sua grandiosa terra. Com a chegada do inverno veio a cheia do rio, esperaram muito por ela e quando chegou foi forte, talvez a mais forte que já se teve. Negros morreram, animais também e casas foram destruídas. Santa Rosa foi atingida, Tia Maria com algumas negras e as crianças se instalaram por esses tempos em uma das fazendas vizinhas.
Ela tentava ensinar as letras ao sobrinho, no entanto ele não aprendia, até que foi mandado à um mestre, lá era tratado diferente dos demais, afinal era o neto do coronel José Paulino. Foi lá que teve sua primeira paixão, a mulher do mestre era como outra mãe e lhe ensinava entre abraços e beijos. Assim ele aprendeu as letras. Depois foi levado para outro mestre, o rapaz que o levava lhe iniciou as aulas falando sobre as coisas erradas do mundo.
O menino ia vivendo no engenho e muitas vezes se isolava, caçava canários que deixava presos e enquanto os esperava vivia acompanhado da solidão. Depois de muita chateaçãoganhou um carneiro para montar e ainda com a mesma tática ganhou a sela e as rédeas. Chamava-se Jasmin, era sua nova paixão banhava-o com sabonete e lhe penteava a lã, saía pela fazenda cavalgando, ia à casa dos empregados da fazenda e brincava com os filhos deles.
Carlinhos amava também as histórias de Totonha, por vezes ela passava pelo engenho e contava grandes histórias com uma esplendorosa interpretação que encantava o menino. Ainda ele ia à senzala onde conversava com os negros. Lá vivia uma negra vinda da Angola que todos tinham como uma vovó, mas tinha também uma vinda de Moçambique que aterrorisava-o. O menino também temia o lobisomem e as histórias relaionadas a ele. E como ali a religião não era algo muito presente, o menino desconhecia Deus e sua palavra, sabia o pouco que a mãe lhe ensinara.
Teve sua segunda paixão quando vieram umas primas do Recife, fez amigo de uma delas, era a mais velha. Ficavam nas sombras dos cajuzeiros e ela lhe contava histórias sobre viagens em navios as quais ele temia e ele contava histórias como a da cheia e de um incêndio que certa vez atingira a fazenda. Um dia lhe deu um beijo, depois correu de volta para a casa grande, no jantar olhavam-se, e foi assim até que a prima foi embora sem a menor tristeza, magoando-o.
O tio Juca, depois de ter engravidado um negra, ficava sempre no quarto, recebia ali Carlinhos com quem aceitava maiores intimidades, quando ele se ausentava do quarto deixando o menino só, ele corria as coisas do tio e ficava a ver as fotos de mulheres nuas que ele guradava. Um dia foi pego e o tio lhe cortou essa intimidade.
Certa vez ouviu a conversa do avô que falava sobre seu pai. O sanatório onde ele havia sido internado avisava que a família do homem havia parado de pagar e assim José Paulino tomou parte das contas. O menino passou a temer que um dia ficasse doido como o pai. A vinda de um médico à fazenda lhe decretou que era doente e que merecia um grande tratamento, o menino passou a ficar sempre dentro de casa privado do verão no quintal da fazenda, ganhava tudo que pedia, mas vivia prisioneiro. Os primos não brincavam mais com ele por que sempre levavam uma bronca por arrastarem o menino para o quintal e o sereno.
Restava-lhe apenas o passeio com Jasmim, mas tinha que voltar cedo. Nesses passeios brincava com os filhos dos empregados que não sabiam do zelo que tinham por ele na casa grande. Por esses tempos o casamento de Tia Maria foi marcado e aconteceu, novamente ele perdia uma mãe.
A vida presa que tinha ocasionou no menino um despertar mais cedo pelo sexo e assim se envolvia com tal coisa, sem medo do pecado da imoralização. Nesses dias mataram Jasmim, ele consentiu com a morte, o animal estava gordo e lhe dariam outro. Só lhe restava agora Zefa Cajá, uma negra e foi com ela que aos doze anos se tornou homem, com isso pegou uma “doença de homem” uma “doença do mundo”.
Inicialmente a escondeu e lutava contra ela, mas depois veio ao conhecimento dos moradores da casa grande, era motivo de riso. Primeiro não gostou, mas depois tinha orgulho da doença, agora era tratado diferente, quase como homem, os empregados falavam as coisas na frente dele e as conversas não paravam quando ele chegava. A perversão o invadia e ia ver as mulheres tomarem banho no rio que ao mesmo tempo em que o censuravam lhes agradava a curiosidade.
Desde o casamento de Tia Maria que o menino se preparava para ir pra escola. Calças, ciroulas, camisas novas e brancas estavam prontas. Fazia-se o enxoval de Carlos, a sua doença era tratada por Tio Juca e assim chegou o dia de ir para o internato. Foi, sabia que lá poderia ser o que a mãe desejara que fosse, foi seguindo o conselho do avô de dizia que estudando não se arrependeria. Chegou ao internato com a “alma mais velha que o corpo”, saudoso por paixões.
Beijos, Laís Amorim :*
O pai de Carlinhos vivia entre transtornos e a mãe dele sofria com as grandes explosões do marido. Porém logo ele, entre lágrimas, se arrependia e era perdoado. A mãe, Clarisse era doce, meiga, um anjo. Depois de tal catástrofe o pai de Carlinhos foi levado preso e em um abraço doloroso se despediu do filho. Após alguns dias ele foi levado para a fazenda do avô.
Assim que chegou à fazenda da qual sua mãe já havia falado inúmeras vezes descrevendo-a como um paraíso, mas nunca tinham ido devido a díficil relação entre o seu avô e seu pai, foi recebido alegremente. Todos queriam ver o menino de Clarisse. Tia Maria, a irmã mais nova de sua mãe tomou lhe como um filho.
Na fazenda de Santa Rosa conheceu o engenho, as plantações de cana, a maquinaria toda do lugar que o encantou. Fez amizades com os primos e passava o dia pela fazenda brincando na lama, fazendo travessuras e nadando no rio. Juntos, eles odiavam a Sinhazinha que levava a chave da despensa e guardava todas as frutas e doces, vendo muitos perdedrem.
Carlinhos fez-se amigo de Lili uma prima sua, a menina era loirinha de olhos azuis e uma brancura sem igual. Era doente. Ele e Lili tornaram-se amigos e ele prefiria ficar com ela do que com os primos em travessuras. Um dia a menina amanheceu vomitando negro, chamou Carlinhos. Entretando logo o tiraram do quarto. Lili morreu.
Ele e os primos se alegravam com as idas à outros engenhos, e com as visitas. O avô muitas vezes o levava junto a caminhadas pela sua grandiosa terra. Com a chegada do inverno veio a cheia do rio, esperaram muito por ela e quando chegou foi forte, talvez a mais forte que já se teve. Negros morreram, animais também e casas foram destruídas. Santa Rosa foi atingida, Tia Maria com algumas negras e as crianças se instalaram por esses tempos em uma das fazendas vizinhas.
Ela tentava ensinar as letras ao sobrinho, no entanto ele não aprendia, até que foi mandado à um mestre, lá era tratado diferente dos demais, afinal era o neto do coronel José Paulino. Foi lá que teve sua primeira paixão, a mulher do mestre era como outra mãe e lhe ensinava entre abraços e beijos. Assim ele aprendeu as letras. Depois foi levado para outro mestre, o rapaz que o levava lhe iniciou as aulas falando sobre as coisas erradas do mundo.
O menino ia vivendo no engenho e muitas vezes se isolava, caçava canários que deixava presos e enquanto os esperava vivia acompanhado da solidão. Depois de muita chateaçãoganhou um carneiro para montar e ainda com a mesma tática ganhou a sela e as rédeas. Chamava-se Jasmin, era sua nova paixão banhava-o com sabonete e lhe penteava a lã, saía pela fazenda cavalgando, ia à casa dos empregados da fazenda e brincava com os filhos deles.
Carlinhos amava também as histórias de Totonha, por vezes ela passava pelo engenho e contava grandes histórias com uma esplendorosa interpretação que encantava o menino. Ainda ele ia à senzala onde conversava com os negros. Lá vivia uma negra vinda da Angola que todos tinham como uma vovó, mas tinha também uma vinda de Moçambique que aterrorisava-o. O menino também temia o lobisomem e as histórias relaionadas a ele. E como ali a religião não era algo muito presente, o menino desconhecia Deus e sua palavra, sabia o pouco que a mãe lhe ensinara.
Teve sua segunda paixão quando vieram umas primas do Recife, fez amigo de uma delas, era a mais velha. Ficavam nas sombras dos cajuzeiros e ela lhe contava histórias sobre viagens em navios as quais ele temia e ele contava histórias como a da cheia e de um incêndio que certa vez atingira a fazenda. Um dia lhe deu um beijo, depois correu de volta para a casa grande, no jantar olhavam-se, e foi assim até que a prima foi embora sem a menor tristeza, magoando-o.
O tio Juca, depois de ter engravidado um negra, ficava sempre no quarto, recebia ali Carlinhos com quem aceitava maiores intimidades, quando ele se ausentava do quarto deixando o menino só, ele corria as coisas do tio e ficava a ver as fotos de mulheres nuas que ele guradava. Um dia foi pego e o tio lhe cortou essa intimidade.
Certa vez ouviu a conversa do avô que falava sobre seu pai. O sanatório onde ele havia sido internado avisava que a família do homem havia parado de pagar e assim José Paulino tomou parte das contas. O menino passou a temer que um dia ficasse doido como o pai. A vinda de um médico à fazenda lhe decretou que era doente e que merecia um grande tratamento, o menino passou a ficar sempre dentro de casa privado do verão no quintal da fazenda, ganhava tudo que pedia, mas vivia prisioneiro. Os primos não brincavam mais com ele por que sempre levavam uma bronca por arrastarem o menino para o quintal e o sereno.
Restava-lhe apenas o passeio com Jasmim, mas tinha que voltar cedo. Nesses passeios brincava com os filhos dos empregados que não sabiam do zelo que tinham por ele na casa grande. Por esses tempos o casamento de Tia Maria foi marcado e aconteceu, novamente ele perdia uma mãe.
A vida presa que tinha ocasionou no menino um despertar mais cedo pelo sexo e assim se envolvia com tal coisa, sem medo do pecado da imoralização. Nesses dias mataram Jasmim, ele consentiu com a morte, o animal estava gordo e lhe dariam outro. Só lhe restava agora Zefa Cajá, uma negra e foi com ela que aos doze anos se tornou homem, com isso pegou uma “doença de homem” uma “doença do mundo”.
Inicialmente a escondeu e lutava contra ela, mas depois veio ao conhecimento dos moradores da casa grande, era motivo de riso. Primeiro não gostou, mas depois tinha orgulho da doença, agora era tratado diferente, quase como homem, os empregados falavam as coisas na frente dele e as conversas não paravam quando ele chegava. A perversão o invadia e ia ver as mulheres tomarem banho no rio que ao mesmo tempo em que o censuravam lhes agradava a curiosidade.
Desde o casamento de Tia Maria que o menino se preparava para ir pra escola. Calças, ciroulas, camisas novas e brancas estavam prontas. Fazia-se o enxoval de Carlos, a sua doença era tratada por Tio Juca e assim chegou o dia de ir para o internato. Foi, sabia que lá poderia ser o que a mãe desejara que fosse, foi seguindo o conselho do avô de dizia que estudando não se arrependeria. Chegou ao internato com a “alma mais velha que o corpo”, saudoso por paixões.
Beijos, Laís Amorim :*
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Resumindo o livro..
A obra Menino de Engenho tem como cenário o interior paraibano, a Fazenda Santa Rosa e o engenho de açúcar do avô do menino Carlinhos. Aos quatro anos de idade, Carlinhos, após a morte da mãe, assassinada pelo pai enlouquecido e posteriormente internado, o menino vai viver na fazenda do avô materno, o senhor de engenho José Paulino. A adaptação de Carlinhos e suas sucessivas perdas estão presentes ao longo da narrativa. A convivência com tio Juca, e a mentalidade machista, revelam na descrição do Emilio a influência da cultura patriarcal e escravocrata, fazendo parte da infância do menino. A cultura e a estrutura do engenho estão centradas na economia açucareira em declínio. A ferramenta que move o engenho é a mão de obra escrava. Negras e negros compõem a estrutura produtiva através de um trabalho escravo, onde a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras retrata um painel econômico e social. O senhor de engenho representa o poder econômico, o latifúndio e a exploração do serviço braçal. O contraste entre a Casa Grande e a Senzala, a sociedade hipócrita e sexualmente pervertida, onde a promiscuidade e a exploração sexual das negras fazia parte de uma relação sem escrúpulos do senhor de engenho (dominador) e das escravas negras (dominadas). A narração feita em primeira pessoa pelo protagonista Carlinhos retrata com naturalidade a convivência numa sociedade estruturada no poder senhoril e suas regras de dominação. As negras eram comparadas a animais domésticos, mais ligados à Casa Grande, executando trabalhos sem remuneração que se perpetuavam geração após geração. A gravidez e as doenças venéreas eram uma constante entre as escravas negras exploradas pelos senhores de engenho. Carlinhos se inicia sexualmente com uma escrava e contrai doença venérea, na época motivo de orgulho para um homem. Aos quinze anos Carlinhos é mandado para um colégio interno e deixa o engenho de açúcar do avô José Paulino em vias de decadência com a chegada das usinas de açúcar.
Beijos, Jooana :)
Personagens & filme "Menino de Engenho"
Pesonagens
Carlinhos – é o protagonista da história. Gostava de ter liberdade, de brincar com os meninos, mas no fundo era triste. Morava em Recife, antes de ir para o engenho Santa Rosa. O engenho era tudo para ele. Carlos cresce sem orientação e aos doze anos torna-se um corrompido.
Avô José Paulino – Aos olhos de Carlos, um verdadeiro deus. Todos no engenho respeitavam o senhor José Paulino. Depois do jantar ele sentava-se numa cadeira perto do grande banco de madeira do alpendre. Lia os telegramas do “Diário de Pernambuco” ou dava as suas audiências públicas aos moradores.
Dona Clarisse – mãe de Carlos. É assassinada pelo marido no início do livro.
Pai de Carlos – tinha um coração arrebatado pelas paixões, um coração sensível demais às suas mágoas. Fica louco e mata Dona Clarisse.
Tia Sinhazinha – velha de aproximadamente sessenta anos. As negras, os moleques, todos tinham que se submeter à sua dureza e crueldade. Não gostava de ninguém. Só agradava as pessoas para fazer raiva à outras, depois mudava. No engenho, trancava a despensa e andava com a chave.
Tio Juca – tio que, levando o menino da cidade para o engenho, apresenta-lhe o mundo novo do engenho e também o próprio avô.
Tia Maria – moça que, com ternura, amor e carinho vai substituir a mãe na memória de Carlos.
Velha Totonha – era pequenina e engelhada, tão leve que uma ventania poderia carregá-la, andava muito a pé, de engenho a engenho. Tinha talento em contar histórias. Não tinha nenhum dente na boca, mas dava tons às palavras. Para Carlinhos, sinhá Totonha possuía um “pedaço de gênio que não envelhece”.
As fotos são do filme de Walter Lima Jr "O Menino de Engenho".
Beijinhos Betina *--*
quarta-feira, 14 de abril de 2010
José Lins Do Rego
José Lins do Rego Cavalcanti nasceu em 3 de junho 1901 , na Paraíba, e morreu em 12 de setembro de 1957 na cidade do Rio de Janeiro.
Viveu quase toda sua vida em Recife, onde se formou em Direito. Só a partir de 1936, começou a morar na cidade do Rio de Janeiro.
O dia a dia e os costumes tanto de Pernambuco quanto do Rio de Janeiro eram relatados em suas obras literárias. Por isso, a maioria de seus livros contam o modo de vida nos engenhos e nas plantações de cana-de-açúcar.
No ano de 1943 publicou o livro Fogo Morto,que é considerado a sua principal obra.
José Lins do Rego foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e teve suas obras traduzidas para diferentes idiomas, entre eles, o russo.
Principais obras:
- Menino de engenho (1932)
- Doidinho (1933)
- Bangüê (1934)
- O Moleque Ricardo (1935)
- Usina (1936)
- Pureza (1937)
- Pedra bonita (1938)
- Riacho doce (1939)
- Fogo morto (1943)
- Eurídice (1947)
- Cangaceiros (1953)
- Gordos e magros (1942)
- Poesia e vida (1945)
- Homens, seres e coisas (1952)
- A casa e o homem (1954)
- Meus verdes anos (1956)
- O vulcão e a fonte (1958)
- Dias idos e vividos (1981)
By: Lígia :D
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Entendendo um pouco o livro
Narrado em 1ª pessoa por Carlos Melo (personagem), que aponta suas tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência, é o primeiro livro do ciclo da cana-de-açúcar. Publicado em 1932, Menino do Engenho é a estréia em romance de José Lins do Rego e já traz os valores que o consagraram na Literatura Brasileira.
Beijinhos Betina *--*
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